queria dizer qualquer coisa bonita que expressasse de uma forma ou de outra, comigo, não com meu eu-lírico, essa coisa que eu estou sentindo que acabou tornando-se física, não só psicológica. vi aquelas fotos e me deu um aperto no coração que eu não poderia explicar, aquela cara dele de não-ligo-pra-você e a dele implorando por uma pequena dose de amor de pai... e o garoto adotando uma nova família, sem aquela aversiva figura masculina, mas que sempre o perturba, sempre, sempre, e ele não consegue se desfazer daquele fantasma....
depois, nem lembro por que, me deu vontade de ouvir aquele áudio de novo e meu coração desmorou, de medo, de vontade de fazê-la entender o quanto ela é importante para o mundo, o quanto ela é especial, e um pouco de frustração repentina por não ter argumento para ir contra aquelas ideias dela... queria falar que eu ligo se ela faz alguma coisa pra ficar bem, e eu quero que ela continue, que ela não desista, que ela não largue, e eu quero obrigar... todas essas coisas que ela queria que alguém dissesse e ninguém nunca falou... dizer que eu acho ela bonita e que o mundo precisa de gente assim, e que ela é uma amiga e tanto para mim, mesmo conhecendo ela por pouco tempo...
meu coração tá pequeno... sensível demais... queria escrever alguma coisa bem bonita, como aquelas que eu escrevia antes, mas estou sem um pingo de inspiração, agora pareço tão... tão... humana, sem poesia nenhuma para exalar, e eu nem sei lidar direito com isso. sinto uma puta saudade de algumas pessoas, que se foram com o tempo, que eu vi indo embora e não pude fazer nada quanto a isso, e um medo tremendo de deixar mais pessoas irem...
eu fico mostrando o quanto quero proteger todo mundo dos males do mundo, mas na verdade eu só quero tentar saber me proteger deles...
"Feito febre, baixava às vezes nele aquela sensação de que nada daria jamais certo, que todos os esforços seriam para sempre inúteis, e coisa nenhuma de alguma forma se modificaria."