segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mais merda.


Não tenho mais nada a dizer. Está doendo como eu nunca achei que doeria antes e novamente não há nada que eu posso fazer quanto a isso. Então me calo, o tempo todo, fingindo que eu estou bem e com aquele semblante de nada-nunca-mais-vai-me-machucar, respondendo perguntas que as pessoas criam a todo momento sobre mim e a bosta da minha vida. Todo momento, todo o momento... Estou cansada, exausta, com a sensação de que nada mesmo é para sempre, isso tira minhas esperanças. Nem minha dor é para sempre. NADA é para sempre. Tudo acaba, fode, destrói. A única coisa que eu tinha viva dentro de mim está se destruindo. Me sinto com um fracasso imenso. E o pior: Eu não vejo mais poesia nenhuma na minha dor.
Eu fico fazendo tudo o tempo todo esperando não machucar, o tempo todo... E quem é que espera não ME machucar? Por que está doendo e eu nem tenho o direito de culpar ninguém por isso, nem eu mesma. Estou cansada de amores Shakespearianos, cansada de tudo, eu mal consigo escrever um texto bonito, qual foi à última vez que eu consegui? Tudo isso já havia acontecido?
Nem para terapia eu tenho mais saco. Minhas consultas parecem uma sessão de despacho Junguiana. Eu não consigo mais suportar toda essa lenga-lenga de: Entre dentro de você e tira a porra do ciúme, da inveja e da raiva que você está sentindo por esse holeass do caralho que você mal conhece, ok. Sou mesmo infantil e mimada. O tempo todo. Só que eu ainda tenho o direito de ter preconceito contra pessoas escrotas.
Não consigo mais escrever, não consigo mais uma renca de coisas. As pessoas ficam dizendo que eu escrevo bem, ficam me dando o tempo todo pseudos-elogios, nada concreto, sempre as mesmas explicações de fulanos que nunca nem pegaram um livro na mão. E o pior, só vêem o que foi editado e bonitinho, a podridão mesmo elas não gostam. O que sou eu mesmo elas acham podre demais...
Falo assim como se eu soubesse o que sou eu...
Acho que nada mais no mundo vai preencher esse vazio que eu estou sentindo agora.
E não quero lenga-lenga tirada de livros de auto-ajuda...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


Garota de Freud, prendedores, ansiedade, o deixo, a abandone, aceita?, eternidade, vergonha, primeira vez, toalha, terapia, amor, eternidade, aliança, eternidade, sms, horas e horas, telefone, mulher dos alicates, homem da faca, medo, insegurança, amor, eternidade, desejo, paixão, faculdade, açaí, em público, final de semana, alecrim, amor, amor, amor, amor, ápice, para sempre?, alianças, planos, planta da casa, cacto, descabeladinho, primeiro livro, p-a-r-a e-l-a, Henry, Caio, Os Sobreviventes, [boas e bobas são todas as coisas que eu penso quando penso em você], álbum, relicário, frangas, [nunca tinha sido assim, nunca havia tido um jeito assim, tão forever...], mulher dos alicates, mulher dos alicates, amor, amor, o amor suporta tudo, não é? Amor... Honey, Anjo, Baby, Neni. Eternidade. Livro: Um dia perfeito, foto da boca, homem da faca, implicações, medo, medo, eaí?, alívio, planos, uma gravidez, planos, planos, planos, amor... Ápice II, mulher dos alicates, mulher dos alicates, homem da faca, homem da faca, desgaste, e agora? Medo de tudo, textos... Final significativo. Dor, dor, dor... [e eu nunca achei que morrer de amor fosse mais do que uma licença poética...] machuca, dói, arranca o que tem de bom em mim, e agora? E tudo? Fracasso, síndrome de rejeição, nerd velho, nerd velho, está tão presente. Tudo vai ficar bem, nerd velho, carnaval, desespero, e agora? Cartas, cartas, cartas [não enviadas], dor, desespero inconsciente, suor gelado sobre o corpo frio, vómito, facebook, dor, dor, dor, dor... Terapia, dor, dor, dor... [E eu nunca achei que morrer de amor fosse mais do que uma licença poética. [Achei que vocês ficariam juntas para sempre.] Dor, dor, dor, dor, dor... E agora? Amo? Eu? Por que? Fracasso, idade, idade, idade, e agora? E AGORA? Merda, nerd velho, nerd velho, nerd velho, paixão por mim?, nerd velho, nerd velho nerd velho nerd velho.. [Não consigo pensar mais em nada] nerd velho, nerd velho... Deve ter sido perfeito, deve ter se sentido bem.
E agora? Nerd velho, nerd velho... Dor... Dor...

Fim...

Nerd velho wins. 

"Você é tão linda que eu deveria ter nascido homem."


Você tem um sorriso singular e uma mente do caralho. Aguça os desejos mais intensos e explosivos que dominam o meu ser. Cospe e vomita talento o tempo todo de um jeito que eu tenho até vergonha de chegar perto e me decepcionar. Eu sou louca e você é um anjo louco também, nossa vida não é um romance de Shakespeare, se fosse eu chegaria perto do jeito que eu bem queria, não da forma em que o mundo me obriga. Fugiria com você para um lugar onde ninguém me proibiria de me apaixonar e quem sabe começar a amar-te como mulher. Agora eu sou filha da puta e cultivo isso como uma parte de mim. Sou um ser quase vazio aceitando o fracasso pessoal e vivendo cada dia como se eu fosse me matar pela madrugada. As pessoas ficam me dizendo o tempo todo aquelas frases que as mesmas aprenderam em livros de auto-ajuda cheias de uma pseudo-razão que me passa um ódio extremo. Tenho uma raiva quase incondicional nesse meu coração novinho sobre diversos tipos de pessoa. Incluindo o grupo que eu mesma participo.

“O fracasso pessoal ocorre quando você tem o mundo em suas mãos, jovem, bonita, com as espinhas no rosto sendo quase exiladas do corpo não tão magro, mas extremamente sedutor. Quando chovem os convites para baladinhas onde tocam rock antigo e blues, caras bonitos dançando rockabilly, som punk e pesado, headbanges e aquela sensação de nunca é bom o bastante invade sua mente quase doentia. Vinho barato, conhaques com misturas absurdas e trepadas quase frígidas enquanto saboreia o gosto azedo do medo disso durar para sempre.”

            Dizem que eu tenho talento/dom ou qualquer uma dessas palavras que expressam que nós fazemos alguma coisa que agrada certas pessoas. Mas quem eu queria agradar nesse exato momento só me faz assustar. Necessito dizer milhares de coisas, só que na hora de dizer mesmo eu não me lembro de nada concreto.




FOI BEM NESSA HORA QUE EU PAREI DE ESCREVER E NUNCA VOLTEI.  

Garota de Freud, prendedores, ansiedade, o deixo, a abandone, aceita?, eternidade, vergonha, primeira vez, toalha, terapia, amor, eternidade, aliança, eternidade, sms, horas e horas, telefone, mulher dos alicates, homem da faca, medo, insegurança, amor, eternidade, desejo, paixão, faculdade, açaí, em público, final de semana, alecrim, amor, amor, amor, amor, ápice, para sempre?, alianças, planos, planta da casa, cacto, descabeladinho, primeiro livro, p-a-r-a e-l-a, Henry, Caio, Os Sobreviventes, [boas e bobas são todas as coisas que eu penso quando penso em você], álbum, relicário, frangas, [nunca tinha sido assim, nunca havia tido um jeito assim, tão forever...], mulher dos alicates, mulher dos alicates, amor, amor, o amor suporta tudo, não é? Amor... Honey, Anjo, Baby, Neni. Eternidade. Livro: Um dia perfeito, foto da boca, homem da faca, implicações, medo, medo, eaí?, alívio, planos, uma gravidez, planos, planos, planos, amor... Ápice II, mulher dos alicates, mulher dos alicates, homem da faca, homem da faca, desgaste, e agora? Medo de tudo, textos... Final significativo. Dor, dor, dor... [e eu nunca achei que morrer de amor fosse mais do que uma licença poética...] machuca, dói, arranca o que tem de bom em mim, e agora? E tudo? Fracasso, síndrome de rejeição, nerd velho, nerd velho, está tão presente. Tudo vai ficar bem, nerd velho, carnaval, desespero, e agora? Cartas, cartas, cartas [não enviadas], dor, desespero inconsciente, suor gelado sobre o corpo frio, vómito, facebook, dor, dor, dor, dor... Terapia, dor, dor, dor... [E eu nunca achei que morrer de amor fosse mais do que uma licença poética. [Achei que vocês ficariam juntas para sempre.] Dor, dor, dor, dor, dor... E agora? Amo? Eu? Por que? Fracasso, idade, idade, idade, e agora? E AGORA? Merda, nerd velho, nerd velho, nerd velho, paixão por mim?, nerd velho, nerd velho nerd velho nerd velho.. [Não consigo pensar mais em nada] nerd velho, nerd velho... Deve ter sido perfeito, deve ter se sentido bem.
E agora? Nerd velho, nerd velho... Dor... Dor...

Fim...

Nerd velho wins. 
Tentando me desviar das coisas que o mundo esfrega na minha cara à todo o momento. Por que eu sou fraca para aguentar tudo em cima de mim toda hora. Eu sou injusta, hipócrita e mimada também. Não suporto mais ver tudo o que eu planejei por tanto tempo indo embora de mim antes que eu pudesse me despedir. Antes que tivesse do que me despedir. Eu estou cansada, exausta, me sentindo pesada e sem a melhor parte de mim. Fico horas pensando em tudo o que aconteceu e em que momento exato que eu me perdi de tudo. Preciso culpar alguém, preciso ME culpar para poder sentir pelo menos aliviada.
Não vou tomar nenhuma medida drástica, primeiro por que eu não quero que você se sinta culpada por eu não poder controlar os meus sentimentos, segundo por que eu não tenho coragem e terceiro por que eu nem quero de verdade. Eu só queria ser feliz, cara, que coisa mais simples... Só isso. Só que eu queria ser feliz COM VOCÊ, sabe? Bosta. 

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Livro novo, exposição fotográfica, redação foda...
E agora só falta você.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Eu vou estar aqaui, sempre.


eu te olhava assim, desconfiando, eu te queria, mas não daquele jeito de demonstrar e gritar aos 7 cantos do mundo, era um grito contido, eu sabia que era impossível, mas me esquecia assim que sentia tua pele e teu cheiro, eles diziam: 'vocês vão ficar juntas pra sempre', e eu dava aquele riso besta, desacreditada, talvez mantendo aquele orgulho feio de dizer que eu sou forte, mas chegava em casa e ria, e sorria muito, e escrevia as coisas mais belas sobre o momento em que nos encontramos, todo dia era como uma vida toda, e eu imaginava a minha vida do seu lado, velhinhas, bem velhinhas, juntas e felizes. os nossos livros, as nossas músicas, o toque, e a ânsia de poder estar sempre, tudo ia crescendo, crescendo, e você ali, perto, era como se por um momento eu soubesse e tivesse a certeza de que existia a tal felicidade, e ela estava bem no fundo da tua retina colorida. eu podia dizer que aquilo valeu todos os meus próximos 10 ou 60 anos, e que eu espero entender que as influências externas, conseguiram me fazer acreditar num plano insano de esperar, ser compreensiva, ser amigável, e ter o brilho nos olhos mantido e talvez um pouco triste por não ter. mas sabe o que é pior? eu não quero ser compreensiva, eu não quero estar aqui parada te esperando e vendo você reconstruir pedaços e caminhos e instantes que eu não estou, eu não sei o que é sorrir, eu sei fingir, desde que você se foi, com uma promessa e um plano, te procuro insana pelos cantos e ruas, troco duas ou três palavras fingindo que você é uma coisa indeterminada, que ainda pode acontecer, eu às vezes penso que tudo isso foi a maior ilusão que um ser humano possa ter, mas mesmo assim, mesmo assim, enxugo as lágrimas, jogo a depressão de cima de uma ponte esperando que no rio, nas águas, as correntezas levem pra longe tudo de bom que vivemos, e levem essa promessa que eu insisto em acreditar, eu acredito tanto, que chega a ser natural acordar, respirar, e lembrar do nosso futuro inexistente, e quanto mais luto pra te apagar, quanto mais finjo que podemos ser boas amigas, e que o que for pra ser, vai ser, mais me perco nos dias felizes que passei com ti, mais ainda, sinto vontade de chocar o mundo e abandonar tudo, e te fazer abandonar, pra correr aqui pro nosso canto enfeitado, não importam os julgamentos, não importa nenhum tipo de conceito ou moral ou ética, e essas coisas todas que uso pra reforçar meu orgulho, mesmo que eu tome todas as atitudes necessárias, sempre vou esperar que as promessas se concretizem, que os sonhos se realizem, que eu possa te buscar no serviço e trazer pra nossa casa, nem fingir, nem apagar, nem me revoltar. eu vou ficar aqui esperando que você chegue com um maço de flores e um vinho, dizendo que veio pra ficar eternamente, o caminho vai ser difícil, ninguém vai entender, mas estar com você, mesmo que seja no meio do olho de um furacão, compensa qualquer calmaria, ou qualquer noite estrelada.
eu vou estar aqui, sempre.

*eu não sou uma maníaca que conhece pessoas e rouba suas histórias pra transformar em textos, mas essa em especial me inspirou. algumas partes foram inspiradas em trechos de C. Moreira.

Créditos: 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eu não vou ser injusta e dizer que a vida está uma bosta e, nossa, coitadinha de mim e aí como eu sofro nesse mundo cruel por que nem é assim. Eu estou tentando ficar bem, com um monte de recaídas e não querendo aceitar algumas coisas, mas estou tentando. O que me dói é ver coisas que são estampadas na minha cara a todo momento e variedades incontestáveis de sentimentos que eu não posso deter, e nem sei se quero, ok. Estou tentando, já disse? Logo fico bem de verdade, digo, por mais de uma hora seguida. Agora vou ver filminho ruim e terminar de escrever meu texto bonito.
Andam dizendo que eu sou talentosa, e eu estou acreditando. ;)

Oh, amor!


O amor é um sentimento
Que nasce no cérebro - Não no coração
É calmo, certo e bonito
Não é louco como a paixão.

O amor é o ápice da vida
Aquela sensação que traz paz
Não nos machuca e nem nos deprime
Apenas nos satisfaz.

O amor não se é obrigatório
Nem por pai, mãe ou ninguém
Tem gente que diz que nunca amará
Mas no fundo quer ser feliz com alguém.

O amor é um aprendizado constante
Que proporciona momentos únicos de felicidade
Quem lhe ensinar o que é amor:
Guarde consigo. Pois lhe quer bem de verdade.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

"Você sabe por que as pessoas morrem? 
Cada um tem o teu motivo, oras
Eu sei do que eu vou acabar morrendo 
Então, I you need is love... "

Linda, madura, com a sensualidade a flor da pele, me fascina... - Esses anos só te tornaram cada vez mais sedutora. Principalmente para alguém como eu. - Alguém como você? - Alguém tão apaixonada por você. Beijo terno, arisco, quase desesperador. E se passaram quanto tempo desde a última vez? E o quanto fomos fiéis a nossa própria ideia de felicidade? Quanta dor isso nos causou? Em quantas camas a gente se deitou com outro e pensando na gente, e meu deus... O quanto esse momento fora desejado? (...)
Nada mais importa agora, temos a gente como tínhamos antes, não, mais do que tínhamos antes e eu sonhei tantas noites com teu corpo e teu coração que hoje não me vem mais o que dizer, fazer, como agir e são tantas perguntas que eu tinha que fazer mas nem me importo agora. Agora é novo, são lençóis novos da tua moradia calma e silenciosa que teu te jogo agora e tiro tua roupa e sinto tua respiração ofegante no meu ouvido e penso em tudo que eu havia programado e eu não consegui dizer: Hoje é lua cheia, casa de capricórnio, a minha casa... Isso é um sinal? Não, era a tua casa, me parece. 
Duas garrafas de vinho e uma conversa sobre faculdade, o que é que eu estou prestando mesmo? Não lembro mais nada além do teu contorno, - que eu nunca havia esquecido - e o que importa, agora somos nós.  E é isso que queríamos. 

Acordei. 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros."

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Texto sem sentido

Minha dor é tão banal quanto a minha felicidade. Mas a dor é mais intensa e temporária, ela escorre pelas minhas veias frias e impotentes. Ela rasga e suplica pena, ela machuca e sai de fininho para voltar mais tarde quando eu menos espero. Ela é calculista e certeira e eu nem sei mais o que eu estou falando.
Estou cansada de escrever tantas cartas e poemas para ela sendo que eu só escrevo para mim mesma, na verdade, cansada de não conseguir comer, viver, rir, ser um pouco feliz... Cansada de ficar de saco cheio das pessoas e de ser dramática, cansada da terapia, cansada da vida, cansada de tudo... Acho que hoje eu morri um pouco mais... Sei lá... Todo dia eu me desfaço, desvaneço e me crio de novo, crio um mundo novo ao meu redor que não me machuca mas que sempre acaba me machucando. Bosta. Eu sou infantil e dramática e meio louca e tudo, e eu realmente não sei por que estou dizendo todas essas coisas sendo que ninguém além de mim vai ler, não que eu escreva para os outros, ou... Ah, foda-se. 

Queria ela agora um pouco, sabe? 

Sweet

Um prédio quase escuro, simples, antigo e charmoso, daqueles que são em cima de alguma coisa com bastante movimento em uma rua quase tranquila. Na sala, um tapete gigante que cobre todo o espaço, impossibilitado a visão do piso de madeira velho e gasto. Uma janela enorme que reflete na parede da frente, onde pode se ver uma estante com uma diversidade imensa de livros , podem ser os preferidos. Do lado, uma amostra visível de arte e revolta exemplificada num grafite colorido e um tanto abstrato. No chão uma vitrola, um sofá coberto por uma manta xadrez que dava um contraste quase sépia no lugar, uns papeis perdidos pelos cantos, alguns livros e lp's, Bowie, Stooges, Green...
Talvez, nessa casa, antes de ser ocupada naquele ano, tenham vivido um casal romântico dos anos 60, ou um escritor-quase-falido em 85, ou pode nem ter sido mobiliada antes. Era meio mórbida, mas, tem cara de que já se passaram variados bons momentos ali. Várias paixões, que se tornaram amores e acrescentaram em cada ponto um charme e uma cortesia a mais naquele local. E era lindo, tão lindo quanto a minha espera por morar lá um dia.
Existe?
Se não existir eu irei criá-lo.
A nossa liberdade é mesmo o que nos prende?
O que nos prende?
A gente se prende?
O que é a gente?

Ow, fuck.... 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"O amor não resiste a tudo, amor é jardim, 
e jardins sempre acabam enchendo de ervas-daninhas..."




Você está indo embora e não há nada nesse mundo que eu possa fazer sobre isso, se pudesse, faria. Você está vivendo tua vida - ou ao menos tentando -, construindo alguns laços novos e eu continuo na mesma melancolia de sempre e continuo, também, mantendo esse meu poder de destruir os antigos.  Talvez tu se apaixone por alguém bom, não digo que eu não tenha sido, mas alguém com mais condições de poder te fazer feliz de verdade, te suprir aquele vazio que eu só podia fazer sair de você por vezes, e com isso passe a achar banal o nosso plano, ideia, futuro, ou não sei o que...
Tenho a impressão que hoje está doendo mais do que nos outros dias, talvez fosse por ter ficado na vã esperança de, talvez, quem sabe, o celular pudesse tocar e eu poder ouvir tua voz novamente, me deu saudade, saudade de tudo em você... Lembrei de que um dia você me contou uma série de coisas e eu pensei: "Talvez ela nunca tenha contado isso para ninguém além de mim." E, no mesmo segundo, você disse: "Eu nunca contei isso para ninguém além de você." me deu um alívio e eu sorri, acho que você não entendeu direito, mas eu não quis explicar. Hoje revivi diversas coisas, vi tuas fotos impressas que estavam dentro daquela caixa preta com bolinhas brancas, e tanta tanta coisa me doeu, e não era aquela saudade que você dizia que dava uma dor gostosa, era uma dor que me trouxe o medo de talvez isso nunca mais voltar. E minhas esperanças, para onde foram?
Ontem eu queria ter te dito tanta, tanta coisa... Feito tantas perguntas que estavam rodeando minha cabeça... Queria saber se você ainda é apaixonada por mim, queria saber, ao certo, qual é o lugar que eu estou ocupando no teu coração, ainda sou a mulher da tua vida? Isso é tão infantil... Nem mulher eu sou ainda. Mas queria saber só se vale a pena eu ficar correndo atrás disso, mas eu fiquei com medo da resposta e de te pressionar, medo também de você achar que eu resolvi voltar a manter contato só para te machucar um pouco mais, então, fiquei quieta.
Preciso me acostumar com a realidade, ou o meu controle sobre as coisas desaparece e eu consigo encarar tudo do jeito que é, na verdade, poder viver assim. Ou você desaparece para teu próprio bem...



O mundo não mais existe
Mas me reconheço dizendo
O que sinto com minhas palavras
Afastando todo o mau
E toda a tristeza
Erguendo-me como fênix
Ou o sol num dia de chuva
Preenchendo o vazio com meu canto
Minha voz e meu pranto
Minha esperança pronta para ser renovada
Para uma nova realidade.

E, como diria o poeta:
“Aponto meus pés na estrada,
Dei-me licença,
Serei feliz ali e já volto...”

[Felix - Carolina Moreria] 


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011


E eu me sinto péssima por você achar que eu quero te machucar, e, ainda mais, por eu não poder fazer nada quanto a isso. Fechei essa bagaça para poder dizer tudo o que eu quero sem machucar ninguém, me sinto tão adolescente e tão dramosa: "Gostava mais quando tinha um nome mais bonito, mais difícil, mais poético..." ou alguma coisa disso. Eu sinto tua falta como eu sinto falta de mim mesma, falta do que eu era com você. E, meu deus, eu estou me esforçando tanto para ficar bem, para estar só preparada para poder conviver com você de novo, tá doendo tanto, cara, mas tanto... Eu tô tão cansada de tudo, dessa porra de vida sem propósito e cansada de olhar no celular toda hora e não ter nenhuma mensagem tua, nenhuma ligação, e eu sou tão idiota e você nem vai ler isso e eu nem quero mesmo que você leia, não quero que você ache que eu quero te machucar de novo... Isso mexeu comigo...
 Bosta, hoje na terapia falei de você o tempo todo e do quanto eu estou melhor, e do quanto eu estou me esforçando e do quanto está doendo a tua ausência, enfim... Vou dormir e tentar escrever, e tentar viver por que nem 16 anos eu tenho ainda e não posso deixar tudo assim. Não posso me gastar assim. 

Retrato

Teu retrato em todos os lugares
Teu beijo em minha boca
Teu pensamento em minha mente
Que me deixa quase louca.

Me faço e desfaço milhares de vezes
Tentando te achar onde você não está
E faço sempre tudo errado
Sendo que prometi que nunca iria te fazer chorar.

Não sei viver nada sem destruição
Obsessão, crítica ou rancor
Então, só resta no meu peito esse sentimento triste
De que tudo poderia ter sido com mais amor.

Alguns de meus ideais consistem em refazer
O que está incerto, duro e errado
E agora, será que eu posso?
Um dia te amar sem ser culpada? 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011


Joan Jett pensando: YYEAAAAAAHH!! A CAROL OUVIU EU CANTANDO O DIA TODO HOJE! MINHA VIDA VALEU A PENA ATÉ ESSES 52 ANOS! \,,/

Carolina Moreira em ritmo de aventura


Ao som de Joan Jett, depois de uma maratona incansável de filmes: Primeiro Um Lugar chamado Notting Hill estava passando na Globo, e eu que não gosto muito de ver filmes na televisão passei uma boa parte do tempo procurando uma antena para fazê-la funcionar, ok. Quando consegui foi logo quando o filme começou, lindinho, com a Júlia Roberts e o Hugh Grant, que por sinal é uma gracinha. *.* Daí eu vi esse filminho cute e lembrei que havia deixado The Runaways para baixar, então fui correndo pro PC e assisti, fiquei brisadona, por que filmes com dorgas sempre me deixa loucona. HAHAHAHA Eu meio que fiquei impressionada com esse filme, mais pelo elenco, tem a Kristen Steward, na qual eu tinha um certo preconceito por ela ter feito a Bella, que é uma encenação deplorável, enfim... Ela fazendo a Joan Jett foi sensacional, e a Cherrie foi feita por uma menina que eu não lembro o nome agora, mas que encena muuuuito bem também, o filme é ótimo, vale super a pena ver, além que me fez aumentar 70% a minha paixão pela Joan né, e eu que só estava apaixonada pelo Ledger e pela Júlia, agora estou também pela Joan e pelo Levitt... HAHAAHAHA, essa coisa de me apaixonar por atores/cantores é até engraçada.
Quando terminou o The Runaways eu assiti Petty Worman, que foi fabuloso também, né, com o Richard Gere, sempre lindíssimo e ótimo ator. *.*
Daí agora eu estou cansadinha de ficar vendo filme, estou pensando no que eu vou ver amanhã. Ah, ia esquecendo: Hoje eu fui comprar o material escolar e a mocinha da papelaria me conhecia, e disse que eu escrevo bem e que ela lê sempre as minhas reportagens. Hohoho Me senti fodasticamente foda, dei autógrafo e tudo. *b*
Agora vou terminar de colar as “tarraxinhas” – como diria a minha vó – na minha camisa de punk jr que está ficando suppper mázona. E eu já fiz até o stencil anti-nazi para grafitar atrás, e, vivendo La vida, né? 
Carol em ritmo de aventura. (H)


Joan, pelamordedeus, me taca na parede e me chama de Cherry Bomb! 
HAHAHAAHAH
*Senso de humor formidável hoje*
"Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Texto grande, chato e sem nada a dizer realmente


Impressão que perdi a capacidade de ser poética, escrever coisas bonitas, sem gírias, revoltas, todo aquele melodrama fútil, chato e adolescente. Me machuca ver meu potencial criativo ir embora desse jeito, e logo agora que eu achei que iria conseguir transformar tudo o que eu ando sentindo em poesia... Percebi tenho um preconceito inabalável sobre certos tipos de pessoas e acho que só sei tentar fazer amizade com gente blasé e depressiva que nunca dá bola para o que eu falo, mesmo com tanto interesse em comum. Fico pensando que deveriam me valorizar mais, entretanto, nem eu me valorizo. Hoje li os últimos poemas que tenho escrito e achei tudo tão bobo e descartável, tão normal e sem estética nenhuma. Acho que eu estou tão cheia e vazia ao mesmo tempo, sem estabilidade, humor ou poesia.
Sem falar que eu fico arrumando briga por qualquer merda, ontem mesmo escrevi uma crítica lindíssima sobre Swenney Todd no site do Adoro Cinema, e tiraram meu texto do ar e ainda vieram me xingar por que eu falei o que eu realmente pensei sobre o filme, e não fiquei com babaquice pseudo-intelectual de comer toda a bosta que o Tim Burton faz, enfim... Nem foi culpa dos administradores do site, e sim de um monte de nerd babaca que se acha mais cinéfilo do que o amiguinho nerd babaca. Ando me encrencando com um monte de gente e por diferentes assuntos, cinema, música, arte, gostos infelizes e irritantes. Também não estou mais suportando músicas que duram mais que três minutos, e passei a assumir que eu comecei a ouvir Punk Rock compulsivamente para extravasar minha agressividade contida, que nem é tão contida assim.
Não me saí da cabeça a sensação de inferioridade e fracasso, o fracasso vem de eu ter certeza que estou tentando ficar bem, e eu estou tentando mesmo. Fico preenchendo minha vida com milhares de pequenos prazeres para me sentir melhor, terça-feira eu me diverti horrores no sarau, conheci um monte de gente bacana que até deu um pouco de bola pra mim, criei coragem para recitar coisinhas bobas e fiquei meio... Sei lá, feliz demais. Peguei carona com um desconhecido de madrugada, lembrei do quanto eu acho sensacional a sensação de andar pelas ruas à noite de carro, que o vento fica batendo no meu cabelo e eu fico achando que sou livre, nem sei por que. Só que eu bem estava morrendo de medo dele, mas no fundo foi super gente boa comigo, preciso aprender a parar de me decepcionar com as pessoas – mesmo antes de conhecê-las.  A inferioridade que eu disse ali em cima tem haver com o fato das pessoas ficarem me tratando como se a minha mãe tivesse morrido por que eu terminei o namoro, isso me deixa irritada ao extremo. E eu fico puta quando ficam me pedindo para explicar todos os motivos, e quando riem da minha cara quando eu digo que finalmente entendi o porquê de tudo e que desse jeito foi mesmo melhor. Acho que essa coisa de amor – finalmente – me amadureceu bastante, e agora eu meio que estou vendo as o mundo e as pessoas de outra maneira, uma menos avassaladora e terrível. Só que às vezes me bate uma tristeza, e uma saudade de tudo o que eu vivi e de coisas que morro de medo de não voltarem mais... Hoje eu vi um filme, A Casa do Lago, lindo de morrer, chorei horrores, é tão clichê e bobo, historinha de amor que não pode existir por que eles vivem em “tempos” diferentes, ô, shit, meio que odeio coisas que se enquadram no que eu estou vivendo no momento.
Well, falei tanta coisa que estou me sentindo meio melhor, não que eu estivesse me sentindo bem no começo do texto, o que acontece é que eu fico orgulhosa de mim por ver tanta coisa assim que eu acabei de escrever. Acho que estou inspirada. Segue uma músiquinha de Punk Rock que eu escrevi essa semana para extravasar (com um s só, aprendendo a escrever direito) minha ansiedade.

Ps. Não vou reler esse texto, por que se eu ficar com frescura não vou postar NUNCA ele. FATO.

"Agora se sente minoria

Você pode me impedir de cantar
Mas não pode me fazer parar de pensar
Você pode até censurar
Mas isso não significa que eu vá me calar.

Tenho em mim um instinto quase obsoleto
Que me impede de gostar de viver nesse chiqueiro
No meio de tanta violência e preconceito
Isso só me faz mais revoltada contra o que fizeram com o mundo moderno.

Então eu não vou parar de gritar
Bater, xingar, me espernear
Foi a sim que você me ensinou
Então por que agora quer voltar à trás?" 



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Carta


"Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor
Porque veio a saudade visitar meu coração
Espero que desculpes os meus erros por favor
Nas frases desta carta que é uma prova de afeição.
Talvez tu não a leias mas quem sabe até darás
Resposta imediata me chamando de "Meu Bem"
Porém o que me importa é confessar-te uma vez mais
Não sei amar na vida mais ninguém.
Tanto tempo faz, que li no teu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão de que já vi passar
Um ano sem te ver, um ano sem te amar.
Ao me apaixonar por ti não reparei
Que tu tivesses só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei
Do sempre, sempre teu..."
- Erasmo Carlos, Renato Russo ou sei lá quem...
HOJE TÁ FODA.