sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"O amor não resiste a tudo, amor é jardim, 
e jardins sempre acabam enchendo de ervas-daninhas..."




Você está indo embora e não há nada nesse mundo que eu possa fazer sobre isso, se pudesse, faria. Você está vivendo tua vida - ou ao menos tentando -, construindo alguns laços novos e eu continuo na mesma melancolia de sempre e continuo, também, mantendo esse meu poder de destruir os antigos.  Talvez tu se apaixone por alguém bom, não digo que eu não tenha sido, mas alguém com mais condições de poder te fazer feliz de verdade, te suprir aquele vazio que eu só podia fazer sair de você por vezes, e com isso passe a achar banal o nosso plano, ideia, futuro, ou não sei o que...
Tenho a impressão que hoje está doendo mais do que nos outros dias, talvez fosse por ter ficado na vã esperança de, talvez, quem sabe, o celular pudesse tocar e eu poder ouvir tua voz novamente, me deu saudade, saudade de tudo em você... Lembrei de que um dia você me contou uma série de coisas e eu pensei: "Talvez ela nunca tenha contado isso para ninguém além de mim." E, no mesmo segundo, você disse: "Eu nunca contei isso para ninguém além de você." me deu um alívio e eu sorri, acho que você não entendeu direito, mas eu não quis explicar. Hoje revivi diversas coisas, vi tuas fotos impressas que estavam dentro daquela caixa preta com bolinhas brancas, e tanta tanta coisa me doeu, e não era aquela saudade que você dizia que dava uma dor gostosa, era uma dor que me trouxe o medo de talvez isso nunca mais voltar. E minhas esperanças, para onde foram?
Ontem eu queria ter te dito tanta, tanta coisa... Feito tantas perguntas que estavam rodeando minha cabeça... Queria saber se você ainda é apaixonada por mim, queria saber, ao certo, qual é o lugar que eu estou ocupando no teu coração, ainda sou a mulher da tua vida? Isso é tão infantil... Nem mulher eu sou ainda. Mas queria saber só se vale a pena eu ficar correndo atrás disso, mas eu fiquei com medo da resposta e de te pressionar, medo também de você achar que eu resolvi voltar a manter contato só para te machucar um pouco mais, então, fiquei quieta.
Preciso me acostumar com a realidade, ou o meu controle sobre as coisas desaparece e eu consigo encarar tudo do jeito que é, na verdade, poder viver assim. Ou você desaparece para teu próprio bem...



O mundo não mais existe
Mas me reconheço dizendo
O que sinto com minhas palavras
Afastando todo o mau
E toda a tristeza
Erguendo-me como fênix
Ou o sol num dia de chuva
Preenchendo o vazio com meu canto
Minha voz e meu pranto
Minha esperança pronta para ser renovada
Para uma nova realidade.

E, como diria o poeta:
“Aponto meus pés na estrada,
Dei-me licença,
Serei feliz ali e já volto...”

[Felix - Carolina Moreria]