sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sweet

Um prédio quase escuro, simples, antigo e charmoso, daqueles que são em cima de alguma coisa com bastante movimento em uma rua quase tranquila. Na sala, um tapete gigante que cobre todo o espaço, impossibilitado a visão do piso de madeira velho e gasto. Uma janela enorme que reflete na parede da frente, onde pode se ver uma estante com uma diversidade imensa de livros , podem ser os preferidos. Do lado, uma amostra visível de arte e revolta exemplificada num grafite colorido e um tanto abstrato. No chão uma vitrola, um sofá coberto por uma manta xadrez que dava um contraste quase sépia no lugar, uns papeis perdidos pelos cantos, alguns livros e lp's, Bowie, Stooges, Green...
Talvez, nessa casa, antes de ser ocupada naquele ano, tenham vivido um casal romântico dos anos 60, ou um escritor-quase-falido em 85, ou pode nem ter sido mobiliada antes. Era meio mórbida, mas, tem cara de que já se passaram variados bons momentos ali. Várias paixões, que se tornaram amores e acrescentaram em cada ponto um charme e uma cortesia a mais naquele local. E era lindo, tão lindo quanto a minha espera por morar lá um dia.
Existe?
Se não existir eu irei criá-lo.